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Unprofessional artist

Uzyna Oficina

A primeira montagem do Teatro Oficina da qual participei foi a de “Mistérios Gozósos”, feita a partir do poema “O Santeiro do Mangue”, de Oswald de Andrade. O ano era 2015 e eu estava no meio da segunda dentição da Universidade Antropófaga – método de transmissão de prática e conhecimento do Oficina –, que naquele ano durou seis meses e culminou no Bloco Pau Brasil,  no Carnaval de 2016. No meio do caminho, em Novembro, iniciaram-se os ensaios com o Zé e eu fui absorvida pelo processo, para minha sorte, traduzindo o texto para o inglês e, futuramente na temporada, operando as legendas ao vivo. Chegava no teatro de tarde para a Universidade e saía de lá 12 horas depois, de madrugada, quando acabava o ensaio. Quatro dias por semana de Universidade, seis de ensaios.

Série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Incredible India

O Ministério do Turismo indiano adota essa alcunha adorável. O nome do site oficial desse ministério é, de fato, Incredible India, Índia inacreditável. Descobri isso em minha primeira viagem ao país, em Outubro de 2012, para a COP 11, a Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica. A série aqui apresentada traz pessoas e lugares dessa Hyderabad, que esteve sob domínio muçulmano por muitos séculos – e isso se reflete em sua arquitetura e fortificações –, seus bazares e sua efusiva venda de pérolas. Foi minha primeira vez fotografando a abertura solar e singular desse povo carinhoso a seus visitantes estrangeiros. Tenho uma certa nostalgia vendo essas fotos pela inocência que ainda havia em mim, nos fotografados e no mundo. 

Série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

JACEGUAI 520

Nepal em 120mm

Agora deixamos Katmandu e o entorno de Boudhanath Stupa, passamos por Bandipur e seguimos pelas estradas sinuosas que separam Katmandu de Pokhara, cidade quase balneário à beira do Lago Fewa e aos pés de Sarangkot, um pico baixo para os padrões dos Himalaias e do topo do qual se vê uma vasta extensão dessa formação rochosa que ocupa mais da metade do país e também o próprio lago, como quem olha uma piscina de cima. Apesar dos picos sempre gelados e nevados dos Himalaias, Pokhara tem uma temperatura amena, árvores verdes e ruas encharcadas de lama. Ali passei a maior parte de minha estadia no Nepal.

Série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Postais do teto do mundo

Em 2014, parti para uma viagem profunda e inesquecível de 6 seis semanas no Nepal. Durante as próximas semanas, vou publicar uma sequência de séries fotográficas dessa viagem ao teto do mundo. A maioria delas feita em formato 120mm, algumas em 35mm. Essa semana começo com a vida no entorno de Boudhanath Stupa, o templo budista mais importante do mundo fora do Tibete e principal destinação de budistas de todas as partes –dado que o acesso Lhasa é quase impossível. Além dos monges de várias idades e múltiplos mosteiros ali próximo e também dos milhares de fiéis que se movem como um cardume em torno do axis mundi de Boudha, ali, como em qualquer lugar, pulsa também uma vida cotidiana e ordinária. Tem feira, gente indo trabalhar, vacas, cachorros, crianças, lojas de bugingangas, malandros espertos esperando para extorquir algum turista inocente e o mercado que gira em torno da fé.

Série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Inland Empire

Em abril de 2014, na primavera do hemisfério norte, viajei pelo deserto da Califórnia a bordo de um Volvo 1992. A série fotográfica que nasceu dessa viagem foi batizada com o nome que se dá à região desértica a leste de Los Angeles e que ganhou notoriedade com a frequentação do Rat Pack. O grupo de artistas tinha entre seus membros ilustres Frank Sinatra, Sammy Davies Jr., Judy Garland, Lauren Bacall, Dean Martin, Shirley MacLaine, Peter Lawford e Joey Bishop e fazia farras que entraram para a história das depauperadas cidades-casino do vale desértico. Graças a eles a região adquiriu um certo prestígio, ainda que decadente. Décadence avec éllégance.

Série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Narradora: dúvida | certeza

A genialidade está no narrador. O marido enciumado. Corno. Ou paranoico. Perspicaz ou injusto. Não sabemos quem são, de fato, os outros personagens ou o que acontece sob outro ponto de vista. Tudo o que temos é o relato em primeira pessoa de Bentinho. O narrador no qual não podemos confiar. Quem é Capitu, realmente? Estamos condenados a ler e reler o relato de um casmurro, um encucado. E a cada leitura, novas teorias. “Será?”. “E se…?” Bentinho personifica o arquétipo do narrador tendencioso, posto que consumido pela paixão do ciúme, pela desconfiança. Um mito recontado através de culturas e eras. Sem isso, “Dom Casmurro” não seria um clássico, não teria sobrevivido ao tempo. A dúvida é o grande motor do livro. Uma dúvida que vira certeza.

Texto completo na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Os modernistas se divertem

Em 2018, em posse de minha câmera analógica Canon AE-1, fotografei dois momentos do Teatro Oficina nas ruas. A contracenação com as ruas de São Paulo é parte de nossa linguagem mesmo quando estamos atuando em casa, na Rua Jaceguai. Mas não apenas, vamos também ao encontro de outras ruas, em outros cantos da cidade, de acordo com o chamado. Naquele ano de 2018, nas fotos que compõem essa série, estão dois momentos do mês de março: o 8 de março na Av. Paulista e o 27 de março no Largo do Paissandu. 

Série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Os rostos de Varanasi e do Ganga

Em julho de 2016, fui pela primeira vez a Varanasi, a mais importante das cidades sagradas hindus e uma das mais antigas do mundo continuamente habitadas. Reza a lenda e historiografia que ali vive gente, à beira do rio, há mais de 5 mil anos. Essa primeira passagem pela cidade foi no período das monções e, portanto, da cheia do rio. Seis meses depois conheceria Varanasi na seca, uma experiência bem diferente, mas sempre fabulosa.

Texto e série completa na coluna Gaveta Azul no site da Revista Philos.

Todas as fotos de Maria Bitarello em 120mm. Julho 2016, Varanasi, Índia

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