O encantamento dos caminhos de Lia, por Letícia Coura

Outro dia ouvi de um historiador que o contrário da vida não é a morte, que traz o mistério e nossa maior transformação rumo ao desconhecido. O contrário da vida é a perda do Encantamento. Partindo dessa imagem, ideia, princípio, lógica, Lia já pode pensar em viver para sempre a partir de seus escritos. Tudo ali é Encantamento, a começar pelos nomes das personagens com que ela vai cruzando pelo Caminho, na verdade a grande personagem de seus diários. O Caminho da transformação, o fim de um ciclo pra começar uma nova vida, um Caminho de iniciação. Entrar na vida adulta? Se recuperar de um coração partido, de ilusões perdidas, e descobrir o porquê de estar aqui, ou quem sabe um grande objetivo pra vida? Ou apenas se abrir para o Encantamento dessa mesma vida, que esse sim, a acompanhará por todo o Caminho pela frente.


Leia a resenha completa de Letícia Coura na Revista Philos

“Abro-te meus caminhos: contos-diários do meu primeiro sertão da caatinga”,
de Lia Rezende Domingues, saiu em 2020 pela La Petite Ferme.

A alegria é subversiva

No dia 5 de agosto de 2018, um ato em defesa do Parque do Bixiga começou no vão do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo, e dali desceu pelas ruas do Bixiga até o Teatro Oficina e o último chão de terra livre do centro de Sampã. Rio-mar, público-atuador, festa na rua, bloco Tarado Ni Você, entidades do teatro, Zé Celso e demarcação de terra sagrada.

A série integral saiu na Revista Philos (aqui).
(Rio de Janeiro, Setembro 2020, quarentena de Covid19)

Mulheres da Ocupação 2017

Fui à ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na Avenida Paulista, e fotografei algumas mulheres dali, uma ideia que venho trabalhando. Uma delas, que não quis ter sua foto tirada, me perguntou por que eu só fotografava mulheres. Respondi que os homens já ocupavam muito espaço, em todas as esferas. Ela esboçou um princípio de sorriso, triste. “É. Quem toca a vida são as mulheres mesmo“. Concordei com a cabeça e imediatamente lembrei-me do que me disseram certa vez: “você só pode ter sido criada por um matriarcado. Tem uma força aí que é do feminino“.

A série e o texto integrais saíram na Revista Philos (leia aqui)
(Rio de Janeiro, Abril 2020, quarentena de Covid19)