A vida noturna é um rito de passagem

Convenhamos: a vida cotidiana de um humano de classe média, no século 21, em ambientes urbanos é, na maior parte do tempo, previsível e ordinária. Não estou aqui pleiteando que não haja glória nas pequenas alegrias do dia-a-dia. Sou uma entusiasta da hora de ir dormir lendo um livro, de sentir o cheiro do café de manhã (ou de tarde, dependendo da sua rotina), de ir à feira sob o sol de inverno, de andar de bicicleta na ciclovia da Paulista, de ouvir o barulho da rolha saindo da garrafa de vinho (suspiros). Mas e os momentos épicos? As reviravoltas na trama? O imprevisível e o improviso? As soluções engenhosas pra problemas inesperados?

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O tempo das coisas

Nosso século, que tanto fala de economia,
é um esbanjador:
esbanja o mais precioso, o espírito.
Friedrich Nietzsche

Quando você vai preparar um chá, tem o tempo de fervura da água, o momento da infusão, a espera pelo resfriamento e só então a ingestão da bebida. Não dá pra mudar a ordem dos fatores nem o tempo que cada um deles demanda. A água só vai ferver a 100oC, a erva precisa de alguns minutinhos na água quente pra ser infundida e se você não esperar esfriar vai queimar a língua. As coisas têm seu tempo. E embora os tempos hoje sejam de afobação, o chá ainda toma o tempo que toma pra ficar pronto. E tudo indica que vai continuar sendo assim. Saber disso, no corpo e na alma, é o que eu chamo de sabedoria.

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Mogol, o ninho da raposa amarela

A 33km de Ibitipoca, em Minas, está o arraial do Mogol. Antigamente, 15 casas eram habitadas, havia um bar. Hoje, 9 casas ainda abrigam famílias. A escola fechou. A igreja está de pé. Ela guarda as imagens dos santos que sobreviveram à queda da capela que havia no alto do Pico do Pião, dentro do Parque Estadual do Ibitipoca.

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Lucinha no alto do arraial com carro da Sauá Turismo

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Casa 1

As casas vazias continuam lá.

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Casa 2

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Lucinha

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Mogol de cima

Uma vez por mês, um médico visita o arraial. Pra fazer compras, as famílias esperam o ônibus para Lima Duarte, que sobe a cada 15 dias.

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Arraial sob a cruz

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Vista do alto

Os habitantes do Mogol têm um sotaque próprio; cantado. Gostoso que só.

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Lucinha

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Santos quebrados ao pé da cruz

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Nós que aqui estamos por vós esperamos

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Lucinha e o cemitério

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Casa 3

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Casas

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Cão e casa

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Casa 4

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Rita e Lucinha

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Casa 5

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Casa 6

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Igreja e casa da Rita e do José

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Rita na cozinha de casa

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Café com queijo na cozinha da casa da Rita

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Gabriel e Rita na cozinha da casa dela

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Vista da cozinha da casa da Rita

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Rita

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José

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Rita

Rita mudou-se pra lá há 37 anos, quando se casou com José.

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Rita e José

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José e Rita

“Aqui é o ninho da raposa amarela”, diz Rita.

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Mogol lá embaixo

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Árvore atingida por raio

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Mogol lá embaixo de novo

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Árvore atingida pelo raio revive

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Areal e mar de morros

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Árvore, ninho, paredão e areal

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Dona Maria do pão de canela / Ibitipoca

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Josué da cachaça Fortes moendo cana / Ibitipoca

Photos by Maria Bitarello
Canon AE-1 / Kodak Portra 400
Mogol / Ibitipoca MG – 2016