Em 2018, em posse de minha câmera analógica Canon AE-1, fotografei dois momentos do Teatro Oficina nas ruas. A contracenação com as ruas de São Paulo é parte de nossa linguagem mesmo quando estamos atuando em casa, na Rua Jaceguai. Mas não apenas, vamos também ao encontro de outras ruas, em outros cantos da cidade, de acordo com o chamado. Naquele ano de 2018, nas fotos que compõem essa série, estão dois momentos do mês de março: o 8 de março na Av. Paulista e o 27 de março no Largo do Paissandu.
Siga a página das TijolAs, no Spotify, para acompanhar o lançamento das tracks do espetáculo “Das Paredes”, direção de Letícia Coura, em suas diferentes apresentações desde 2021. Aos poucos, vamos subindo as faixas até compor o álbum completo. Siga também nossa página no Instagram para saber das próximas apresentações.
A TV UZYNA apresenta três videoaulas de uma vez já disponíveis no nosso canal do YouTube – vídeos mais abaixo, continue lendo.
1. NAS ALTURAS DO TEATRO OFICINA Cida Melo, camareira do Teatro Oficina desde 1999 até hoje, participou neste período de todas as montagens da Companhia. Responsável pelo enorme acervo de figurinos do Oficina, Cida fala aqui de seu trabalho no teatro, desde a organização dos figurinos de cada montagem, conservação, manutenção, organização da lavanderia, até sua relação com atores e atrizes durante as temporadas dos espetáculos. E ainda vamos conhecer melhor essa personagem vital para o teatro em seu canto de trabalho: Nas Alturas do Oficina.
2. O SAMBA NO TEATRO OFICINA Letícia Courae seu cavaquinho nos convidam para um passeio pela história do Teatro Oficina através do samba. Há mais de 20 anos atuando na Companhia como cantora, compositora e atriz, Letícia apresenta um breve repertório de sambas do cancioneiro do Oficina, parte dele composto – por ela e outros autores – especialmente para espetáculos como Os Sertões, Bacantes e Acordes.
3. TRADUZINDO O INTRADUZÍVEL Maria Bitarello, tradutora do Teatro Oficina desde 2015, traduziu e operou as legendas dos espetáculos montados pela companhia até 2020. Neste breve episódio, Maria conta um pouco sobre a prática de traduzir durante os ensaios, as difíceis escolhas do tradutor-traidor, as atualizações e alterações do texto ao longo da temporada, a concisão do formato legenda e as sutilezas da operação ao vivo.
Outro dia ouvi de um historiador que o contrário da vida não é a morte, que traz o mistério e nossa maior transformação rumo ao desconhecido. O contrário da vida é a perda do Encantamento. Partindo dessa imagem, ideia, princípio, lógica, Lia já pode pensar em viver para sempre a partir de seus escritos. Tudo ali é Encantamento, a começar pelos nomes das personagens com que ela vai cruzando pelo Caminho, na verdade a grande personagem de seus diários. O Caminho da transformação, o fim de um ciclo pra começar uma nova vida, um Caminho de iniciação. Entrar na vida adulta? Se recuperar de um coração partido, de ilusões perdidas, e descobrir o porquê de estar aqui, ou quem sabe um grande objetivo pra vida? Ou apenas se abrir para o Encantamento dessa mesma vida, que esse sim, a acompanhará por todo o Caminho pela frente.
Nosso século, que tanto fala de economia,
é um esbanjador:
esbanja o mais precioso, o espírito. Friedrich Nietzsche
Quando você vai preparar um chá, tem o tempo de fervura da água, o momento da infusão, a espera pelo resfriamento e só então a ingestão da bebida. Não dá pra mudar a ordem dos fatores nem o tempo que cada um deles demanda. A água só vai ferver a 100oC, a erva precisa de alguns minutinhos na água quente pra ser infundida e se você não esperar esfriar vai queimar a língua. As coisas têm seu tempo. E embora os tempos hoje sejam de afobação, o chá ainda toma o tempo que toma pra ficar pronto. E tudo indica que vai continuar sendo assim. Saber disso, no corpo e na alma, é o que eu chamo de sabedoria.